sexta-feira, 30 de abril de 2010

Que sexo tem?

Gostei da campanha da Arezzo Outono/Inverno 2010.


A parte chata foi ver gente falando: "_Nossa, Maria Gadú de vestido, que absurdo!"
Pra mim, absurdo é ela não poder usar! Se ela quis, aceitou, achou que não ia ficar mal, qual é o problema mesmo?
Roberta Sá e Mariana Aydar podiam não usar saia. Pra outra é proibido a escolha?

As trocas tem tudo a ver com a proposta! O trabalho ficou jóia. 
Gosto da música e gosto das meninas, cujo quarteto é completo com Ana Cañas.
Já os sapatos, não fazem minha cabeça, nem meus pés. 
Seja como for, a Arezzo arrasou! 

Abaixo, veja o belo clipe promocional:

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Formicida, Corda e Flor




Quem me conhece mais de perto sabe o quanto música é importante pra mim. Em épocas de terapia, não há maior fonte de associação livre.


O que pouca gente sabe é que não arrepio nem quando estou com frio. Agora, basta ouvir uma música que "me toca” e já estou toda eriçada.


Tudo isso pra dizer que umas semanas atrás, vi no facebook de um amigo uma referência à “Resposta ao Tempo”. Imediatamente lembrei de “Formicida, corda e flor”, na voz de Nana.


Hoje, tomando suco de maracujá e falando sobre assuntos “mais ou menos fúnebres”, de novo a música. Por isso resolvi compartilhar.


A voz em si já vale. Mas a letra se presta a um ótimo exercício pra suicidio mental: podemos brincar de arrumar o cenário pro ato derradeiro e dar cabo à essa existência inúmeras vezes.


Recordar, repetir, elaborar... E então, a melhor parte: cansar da brincadeira, levantar do chão da cozinha fria e sair pra vida!


Formicida, Corda e Flor (Rosa Passos e Fernando de Oliveira)


"Uma banda de gillette

Suco de maracujá

Uma caixa de chicletes

Lençol branco no sofá

Bandeirolas na janela

Uma caixa de hidrocor

Sopa amarga na panela

Formicida, corda e flor


Vou trancar o apartamento

Se chamarem não estou

Vou botar o sofrimento

Num desenho de terror

Vou bolar um bom cenário

Pro meu ato derradeiro

Vou mandar o meu diário

Para o meu amor primeiro


Vou morrer de amor perdido

Parto desta pra melhor

Ando tão desiludido

Ando mesmo na pior

Tenho tudo quanto quero

Formicida, corda e flor

E o meu último bolero

Pra chorar a minha dor"



Em tempo: estou feliz e de bem com a vida! Apenas gosto da canção, ok?


Fonte da imagem: http://lh3.ggpht.com/_CUIrNbC5HME/SZi0GNdeG8I/AAAAAAAAG_w/lJJvKH3IPB0/Mulher+Deitada.jpg

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vida Real


Cena 01- No Pronto-Socorro, durante consulta
Médico: Idade? Casada ou solteira? O que a traz aqui?
Paciente: Trinta e um. Casada. Fortes dores abdominais.

Cena 02- Na sala de medicação, após três veias estouradas
Auxiliar : Estoura porque você está tensa. Vai ticar toda roxa.
Médico: Seu marido chupa seu pescoço, fica roxo. Você não acha ruim!
Paciente: É esposa. Sem roxos.

Cena 03- Ainda na sala de medicação
Médico (fazendo micagem): Ah, então você é “big shoe”!
Paciente (riso amarelo): ...
Médico (apontando pra auxiliar): Ela não entendeu nada. Rá rá rá!
Auxiliar: Esposa?
Paciente: Sou casada com uma mulher.
Auxiliar (negando com a cabeça): Deus dá livre “árbitro”!
Paciente: E dá amor também!

Cena 04- No táxi, pós medicação
Cliente: O senhor faz corrida longa por preço fechado?
Taxista: Tenho um cliente da empresa Xis que levo às terças pra Guarulhos.
Cliente: O senhor poderia me dar seu cartão?

Cena 05: No táxi, parado no destino final
Taxista: Juliana mora aqui. Levo-a sempre para o trabalho. Ela é lésbica.
Cliente: Por que precisa dizer que sua freguesa é lésbica?
Taxista: As amigas dela que falaram...
Cliente: Quando falou do freguês, não disse que ele era hetero.
Taxista: Mas as amigas...
Cliente: Tome seu cartão de volta!
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Fonte da imagem (Klimt): http://blog.karaloka.net/wp-content/uploads/2006/03/klimt-girlfriends.jpg
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domingo, 11 de abril de 2010

Quando o olho olha mais lindo


No metrô da cidade de São Paulo, entre as estações São Judas e Conceição, tive 02 segundos de céu pela janela.
Céu de início-de-noite não é céu de fim-de-tarde.

Viajei 20 anos nesses segundos. Pra Baixada da Areia, roça do Paraná.
Quase pude ouvir o pio do anu se misturar com o mugido das vacas que se recolherem.

Tons de cinza na fugidia luz do céu da Baixada...
Tem tempos que olho olha mais lindo.

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Orações para Bobby


Há mais de um ano que um filme não me emocionava tanto.
O "Curioso caso de Benjamin Button", cuja metáfora me tirou o chão, era o último a ter entrado pra galeria dos preferidos, até que ontem, Dalva Chaves, uma nova colega com potencial pra amiga, me enviou o link do filme abaixo.

Vale muito a pena. Carrega rápido e a imagem é muito boa.
Prepare o lenço pras lágrimas e a água pra se reidratar.
Não é melodramático, mas sim o soco do estômago da vida real.

"Prayers for Bobby" (Orações para Bobby)
Sinopse:
Este é um filme baseado na história verídica de um jovem homossexual, que aos 20 anos suicida-se. "Eu não posso deixar que ninguém saiba que eu não sou hétero. Isso seria tão humilhante. Meus amigos iriam me odiar, com certeza. Eles poderiam até me bater. Na minha família, já ouvi várias vezes eles falando que odeiam os gays, que Deus odeia os gays também. Isso realmente me apavora quando escuto minha família falando desse jeito, porque eles estão realmente falando de mim... Às vezes eu gostaria de desaparecer da face da Terra." Estas palavras estão escritas no diário de Bobby Griffith, quando tinha 16 anos. A sua mãe, "Mary Griffith", interpretada por Sigourney Weaver, a senhora dos ALIENs, sabedora da sexualidade do filho acredita "curar" o filho com base na religião e terapias, para quatro anos depois (1979) Bobby lançar-se de uma ponte. Um filme intenso, dramático, e que espelha ainda hoje a realidade de muitas e muitos jovens no mundo! Mary após a morte do filho questiona-se a si e ao fundamentalismo religioso, redime-se da sua posição homofobica tornando-se uma defensora dos direitos GLBT.




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